segunda-feira, 23 de junho de 2014

Os Aventureiros de Arton - Especial do Diário de Arton I

Vários Autores

A fim de facilitar nosso trabalho e de evitar problemas advindos de Yuden para cada jornalista em separado, esse texto é um composto de vários jornalistas, anônimos para protegê-los de represálias. Cada um deles cooperou na busca pela verdade sobre esse controverso grupo. A maior parte das coisas que Galtan Silversong havia escrito, excluindo-se o que ele próprio disse ter escutado de fontes mais duvidosas, bate com os fatos. Então, continuaremos a história desse grupo tão controverso.

Após um incidente com Vectorius cujas motivações permanecem pouco claras, porém parecem ter envolvido uma altercação iniciada por Rui, o bardo do grupo, após o momento em que Vectorius iria agradecer ao grupo por ter resolvido uma questão com o Grêmio dos Médicos Monstros, o grupo foi expulso de Vectora pelo mago. Desolados, com Set e Artemis furiosos com Rui (Ace, naquela hora, estava morto), foram enganados por alguém que se disfarçou de uma pessoa que tinham ajudado. Correm boatos de que essa pessoa seria o Camaleão, que se tornaria um incômodo frequente para o grupo no futuro. O fato é que eles foram derrubados e levados para uma caverna próxima a uma vila em Deheon, a vila de Luvian, onde encontraram meses de suplício nas garras do dragão negro que haviam combatido antes, Arkham. O que aconteceu no covil do monstro, exatamente, os próprios aventureiros se abstiveram de dizer, mas o fato é que, após um grupo de aventureiros invadir o covil, Arkham tentou se manter com eles os agarrando enquanto fugia. Foi nocauteado no meio da fuga, derrubando os aventureiros, que só não foram ao chão porque o clérigo e único sobrevivente do grupo em questão havia conjurado bestas aladas para levá-los suavemente. Os aventureiros chegaram ao solo em Maranata, uma vila entre Valkaria e o Pântano dos Juncos, interrompendo, sem querer, o casamento de um comerciante local. Lá, tiveram suas feridas físicas e psicológicas curadas por uma clériga de Marah, e receberam roupas e alguma ajuda para se reerguerem.

O descanso, dizem as fontes, durou pouco. O grupo viu o Circo dos Irmãos Thiannate chegar à vila, carregando ninguém menos que seu carrasco desses meses todos, Arkham, o dragão negro. O dragão estava dormindo por obra de magia, mas o grupo bem sabia o que poderia ocorrer se acordasse.

No mesmo dia em que o Circo dos Irmãos Thiannate chegou à vila, um beholder, um monstro de onze olhos, apareceu, causando pânico na população. Ace, de alguma forma, percebeu que o monstro na verdade era Torinks, um bardo transformado por uma maldição, e foi, com parte do grupo, ajudá-lo. Set, aparentemente, estava entretido em tentar garantir a segurança da vila contra o dragão, pois foi até o local onde o circo estava e tentou avisá-los. De acordo com fontes fidedignas, Set encontrou lá Sean Cavendish, que ainda não havia se revelado como o assassino frio que todos conhecemos e como parte do Grupo do Mal, e que lhe deu um ingresso. O apelido de “Oráculo” do mago aparentemente se justificava ali, pois, de acordo com testemunhas, Set teria voltado do circo com os nervos em frangalhos e murmurando para si mesmo “(Expletiva removida pela editora), eu encontrei o Sean Cavendish e estou vivo!” repetidas vezes, mesmo bem antes de Cavendish revelar sua natureza ao resto do mundo. Aparentemente, ao menos na época, Set acreditava que Sean Cavendish era perfeitamente capaz de matá-lo. (Nota da Editora: Magoor nos visitou e afirma que isso será o tema de uma suprema ironia daqui a alguns dias. Portanto, os leitores já ficam de sobreaviso. Nota de Kaylan: Diário de Arton: compre hoje para saber as notícias de amanhã!)

Após esses eventos, Set trocou o ingresso com um mensageiro pelo envio de uma mensagem a Talude, o Mestre Máximo da Magia. Aparentemente, Set pretendia negociar informações a troco de ajuda por parte da Academia Arcana. Quando Set voltava dessa empreitada, deu com os membros da guarda de Maranata indo à caça do "monstro". Convenceu-os a deixar um destacamento na cidade propriamente dita, pois temia o que aconteceria se o dragão se libertasse, e foi, junto com o xerife, atrás de Ace e Torinks.

Voltando a Ace e a Torinks, Ace, Artemis e Rui seguiram o confuso bardo-beholder até a caverna onde ele teria sido transformado, mas não sem antes passar por vários outros eventos, nos quais, por sinal, reencontraram Set. Ace e Torinks seguiram por diversos caminhos aleatórios guiados pelo bardo. O grupo se reencontrou e o mal-entendido foi desfeito. O bardo-beholder os “guiou” até um templo antigo, o templo do deus sapo no Pântano dos Juncos. Lá, entraram e lutaram contra um catoblepas, monstro com olhar que transformava seus oponentes em homens-sapos. Após luta renhida, na qual eles próprios foram transformados, mataram o catoblepas e, após algum tempo de caminhada, voltaram ao normal. Passaram por uma floresta, onde encontraram dois habitantes (o repórter que acompanhava esse evento noticiou que são extremamente gentis, CONTANTO QUE não se fira os animais. Pediram que os seus nomes não fossem revelados. São vegetarianos e fazem bons legumes grelhados). Nessa ocasião, Ace encontraria Vulkar no que parece ser uma constante para o paladino de Thyatis: a redenção. Uma mantícora que era antiga inimiga dos dois habitantes da floresta os visitou durante a noite, acompanhada de mais monstros, entre eles um lobo invernal. A batalha foi curta: o grupo rendeu os dois, com o lobo invernal, ferido em combate, sendo intimidado por Set a ficar quieto e com Ace usando seus talentos de ranger para conversar com ele. Esse lobo era Vulkar e se tornou, redimido, o companheiro e montaria do paladino de Thyatis. Finalmente, o grupo chegou à caverna onde Torinks havia se transformado. Lá, encontraram kobolds transformados em humanos pela mesma magia que transformara Torinks! Após tentativas de diplomacia e batalhas com esses kobolds, o grupo fechou a arca que havia transformado Torinks, transformando-o de volta. Como “indenização” ao líder dos kobolds, deixaram-no acompanhá-los. Ele se apresentou como Robson III, rei dos kobolds locais. Sua “suíte real” na futura sede dos Aventureiros de Arton parecia a toca ideal para um kobold, pelo que se dizia, embora o resto do local fosse perfeitamente limpo. Na volta desses eventos, Set recebeu a mensagem de que seu pedido para um encontro com representantes da Academia Arcana estava atendido. “Palavras não descrevem o alívio que apareceu no rosto dele.”, disse o xerife depois.

O grupo voltou a Maranata para uma surpresa terrível: um dragão maior, pelo visto o pai de Arkham, havia visitado a vila e, após punir severamente o filho, praticamente destruído o local. Os habitantes só sobreviveram porque o destacamento da guarda que Set havia convencido o xerife a deixar havia orientado os cidadãos a irem para o templo de Marah, onde estariam protegidos da fúria do dragão. Após receberem essa notícia, Set e o grupo rumaram a toda para Valkaria, pois temiam que o dragão voltasse a atacá-los. Foram recebidos pelo professor Vladislav Tpish, que os conduziu à Academia Arcana. Após alguma troca de informações que ninguém na Academia quis comentar para além da declaração “Sabe Vectorius? O mago que vive falando que a magia só deve ser dada a quem faz por merecer? Ele é um feiticeiro. Tirou a magia na sorte. Segredinho legal, né?” feita por Nereus, o sênior da água, Set e o grupo receberiam de Vlad e de Talude a sede dos Aventureiros de Arton em Valkaria, a guilda de aventureiros que fundaram e onde passaram seis meses em relativa paz até os eventos que, finalmente, os colocaram em conflito com Yuden.

Falta-nos o espaço para concluir o texto em apenas uma edição, mas podemos adiantar que os fatos levantados são bem diferentes daqueles descritos de forma tão, na falta de melhor termo, detalhada pela Gazeta do Reinado em suas duas últimas edições. Amanhã, daremos prosseguimento à saga desse grupo até agora: sua luta para preservar a espécie dos anões, seu esforço para evitar um regicídio, seu envolvimento com o Camaleão, com Lorde Enxame, com Leônidas Stonger e com Luigi Sortudo, o bardo do Rei Thormy.

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