Os Aventureiros de Arton passaram, depois dos eventos narrados, seis
meses em Valkaria, onde fizeram trabalhos variados para várias
pessoas. A fama deles ia aumentando como a fama de um negócio normal
- aos poucos, lentamente. Após seis meses, tudo mudou.
Aconteceu quando um clérigo anão os visitou, desesperado.
Disse-lhes que a espada de Khalmyr, Rhumann, havia sido
roubada, e que o deus da justiça havia condenado os anões por isso,
amaldiçoando toda a raça com uma morte lenta, até que a sua espada
fosse retornada ao seu devido lugar. Logo depois disso, ouviram,
vinda de uma estalagem próxima, uma batalha. Correram lá e viram
algo invisível matando o clérigo anão: era o guardião de Rhumann,
que estava enraivecido.
Os Aventureiros investigaram a causa desses eventos, visitando a
Vila dos Goblins em Valkaria e, perguntando a testemunhas,
determinaram que a espada havia sido roubada por Camaleão, que havia
ficado por ali durante algum tempo para se camuflar. Os Aventureiros
descobriram que havia acontecido uma infiltração no próprio
Protetorado. No Protetorado, as investigações revelaram um possível
plano para Camaleão, usando a Rhumann após corrompê-la com
um ritual, matar o Rei-Imperador Thormy. Com a ajuda do Protetorado,
encontraram a casa de um nobre local que havia sido convertida em um
esconderijo (Aqui, cabe um esclarecimento valioso: os Aventureiros de
Arton, por nossas investigações, se envolveram com o Protetorado.
Se fossem vilões, teria o Protetorado sido enganado por eles? Se não
foi enganado por eles, como afirmar, como faz a Gazeta, que são
vilões?). Enfim, exploraram esse esconderijo. Nele, enfrentaram o
Guardião, que estava fazendo lá suas próprias investigações com
a “ajuda” – as aspas serão explicadas daqui a pouco – de um
emissário do Protetorado. Após alguns segundos de luta, Set
conseguiu acalmar o guardião. Foi quando o emissário atacou o
Guardião, aparentemente por nenhum motivo além de causar sua ira e
acabar com a tentativa bem-sucedida de diplomacia por parte de Set. O
emissário foi derrubado pelo Guardião em uma batalha sem, contanto,
morrer naquela hora, e o guardião diminuiu, graças à "ajuda"
desse emissário, o prazo para a morte dos anões. Conta-se que Set,
um mago e que ainda tinha magias preparadas, perdeu a paciência e,
sem magia e nem armas, socou a cara do ladino (Nota de
Kaylan: Quando Set, que odeia porrada, soca sua cara, é
porque você fez caquinha. O Protetorado precisa rever seus critérios
de contratação...), que, depois, veio a morrer em uma armadilha
preparada por Camaleão (Desse evento, também – junto com o
entrevero com Vectorius – veio a decisão de Set de criar a magia
Momento de Diplomacia, que impede aliados de falarem ou
fazerem coisas inconvenientes em contextos de conversação. Set
talvez fique feliz em saber que uma Falar com os Mortos
conjurada sobre esse agente revelou que o espírito dele está em
Terápolis, mundo de Tanna-toh, sentenciado a aprender política e
diplomacia por pelo menos duzentos anos).
Após esse evento, o grupo teve de ir ao templo de Khalmyr pedir a
interseção de seu clérigo. Lá, de acordo com clérigos e
acólitos, um milagre aconteceu: o deus apareceu para os
aventureiros. Os aventureiros tentaram conseguir a piedade de Khalmyr
para com a raça anã. Foram relativamente bem-sucedidos; Khalmyr
mudou de volta o prazo para a morte dos anões, mas incluiu os
Aventureiros nesse prazo (nenhum deles era devoto do deus da justiça
na época e nós duvidamos de que isso os tenha inclinado a se
tornarem devotos). Depois de mais uma busca por Rhumann e de
serem conduzidos a mais uma armadilha de Camaleão, encontraram o
assassino em um templo de Marah, onde violência não pode ser
cometida. O assassino lhes propôs que deixassem ele cometer o
regicídio em troca da espada de volta, proposta essa que foi
recusada. O grupo se juntou à guarda de Thormy na ocasião. Só não
se davam conta de que estavam protegendo o alvo errado: o Camaleão
havia plantado as evidências de que o alvo era Thormy quando o alvo
era, na verdade, Yudennach, o rei de Yuden. O Camaleão assumiu a
forma de Artemis e matou Yudennach com a Rhumann. Na confusão
que se seguiu, correu pelas ruas de Valkaria, com os Aventureiros em
seu encalço. Após uma luta renhida, eles conseguiram recuperar
Rhumann, mas o Camaleão fugiu. O grupo reencontrou Mitkov e
Thormy; Mitkov queria, primeiro, que Artemis fosse diretamente
passado aos yudeanos para, presumivelmente, um julgamento sumário.
Yuden sendo Yuden, essa exigência mais tarde acabaria se estendendo
para todos os Aventureiros de Arton. Não foi atendido
inicialmente (embora Deheon tenha, depois, mandado todos os outros
Aventureiros para Yuden para, até onde se sabia, serem torturados e
mortos, mesmo esses sendo absolutamente inocentes), e essa recusa
inicial foi o estopim da guerra que Yuden afirma ser legítima.
Enquanto isso, os Aventureiros de Arton foram para Doherimm devolver
a espada ao seu lugar. Receberam os agradecimentos de toda a raça
anã e passaram algumas semanas na Montanha de Ferro. Sairiam,
depois, em Petrynia, onde descobririam o que Yuden andara fazendo.
Eles visitaram a casa do bardo Rui Escandinavo, onde um enxame de
insetos lhes indicaria o próximo inimigo a combater.
Mas isso, por enquanto, terá de bastar, leitor, por questões de
espaço. Aguarde a próxima edição do Diário de Arton!
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