segunda-feira, 23 de junho de 2014

Diário de Arton - 13 de Weez de 1396

O DIÁRIO DE ARTON

Tiragem: 50.000.000 de exemplares * Periodicidade: Diária * Proprietário: Salini Alan * Editora-Chefe: Irina Van Veer
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Editorial: Reflexões sobre uma Guerra Evitável

Por Irina Van Veer

Yuden quis a guerra, mesmo sabendo que yudeanos morreriam. Sangue, horror e morte para nada, a pretextos falsos. Não precisava, jamais, ser assim. Yuden tem espaço amplo, tem seu próprio domínio. Milhões de tibares são gastos em guerra, terror e morte, na eliminação do outro. Yuden poderia gastá-los para melhorar sua vida, para criar coisas, com sua organização. Tanto potencial desperdiçado por nada. Por uma atividade que não determina quem está certo, só quem sobra vivo. Se é que se pode chamar isso de vida.

Ainda assim, Yuden quis e conseguiu uma guerra formada com base em mentiras.

Para quê?

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Opinião: Os Verdadeiros Heróis e os Verdadeiros Vilões
Por Jorus Silversong

(Retratos do grupo)

Em primeiro lugar, permitam que me apresente. Sou Jorus Silversong, filho de Galtan Silversong, cronista dos Aventureiros de Arton e vítima de Yuden.

Sim, leitor, Galtan Silversong, junto com milhões de outras pessoas, é vítima de Yuden. Nessa hora, deverá estar preso, torturado, talvez morto. Yuden, em sua intimidação, no medo que causa, conseguiu tentar transformar heróis em vilões, conseguiu a guerra que queria, conseguiu forçar pessoas a atacarem gente bondosa por nada.

Não mais. Meu pai não quereria que eu fosse intimidado.

É chegada a hora de acertar as contas com a história, de fazer a verdade aparecer.

Yuden comprou a Gazeta de Arton e, por isso, esse pasquim que o jornal em que meu pai trabalhou todos esses anos se tornou vem publicando mentiras e aumentou sua tiragem. Então, antes de qualquer outra coisa, saibam bem disso: Yuden matou meu pai para sufocar a verdade e comprou a Gazeta de Arton para espalhar mentiras.

A realidade é outra. Tudo aquilo que meu pai escrevera de bom sobre os Aventureiros era a mais pura verdade. Eles salvaram o mundo de Sartan, salvaram o Reinado do Lorde Enxame. São conhecidos como heróis em Petrynia, reverteram a transformação de um bardo. Tudo aquilo. Tudo e muito mais. Leitor, eu entendo que salvaram o mundo é algo grande demais para as pessoas. As pessoas pensam em suas vidas, afinal, suas famílias, o mundo é enorme. Então, vou ser mais específico.

Leitor, os Aventureiros de Arton salvaram o mundo. Salvaram o seu país. Salvaram a sua região. A sua cidade. A sua rua. Sua safra, seu gado, seus mascotes, suas plantas. Suas coisas favoritas.

Salvaram a sua família. Sua mulher, seus filhos, sua mãe, seu pai, seus irmãos.

Salvaram você.

Leitor. Marco a frase acima dessa forma por um motivo. Você deve sua vida aos Aventureiros de Arton. Que isso fique bem claro. Essas pessoas retratadas acima, leitor, salvaram sua vida. Lembre-se sempre disso.

Continuando, após a derrocada de Lorde Enxame, cantada com surpreendentemente poucos exageros pelos bardos de Petrynia, foi o momento em que Yuden surgiu. Começou antes, com uma ocasião diplomática em Valkaria. Um anão havia visitado a sede dos Aventureiros de Arton, precisando de ajuda. A espada de Khalmyr, Rhumann, havia sumido. Havia sido roubada. E o deus da justiça estava despejando sua ira sobre os anões, na forma de uma doença que quase exterminou a raça, não fosse a intervenção dos Aventureiros de Arton. Mas eu me adianto.

Um clérigo anão de Khalmyr os visitou, dizia eu. Disse-lhes que procurassem a espada. Após várias investigações que os levaram pela Favela dos Goblins até a casa abandonada de um nobre e passando pelo Protetorado do Reino de Deheon, descobriram que o assassino Camaleão, contratado por Mitkov, a havia roubado para – tudo indicava – atacar o Rei Thormy. Para proteger o rei e para reaver a espada, esses heróis se juntaram a sua guarda pessoal. Foi quando, disfarçado de Artemis, o Camaleão fez seu ataque – contra o rei de Yuden, pai de Mitkov!

“Ora!” – perguntará o leitor – “Mas por que Mitkov faria isso?”

Simples.

Mitkov conseguiria o trono de Yuden, um bode expiatório e uma desculpa para a guerra. E foi o que obteve. Mitkov pagou por um regicídio. Pagou para que Camaleão matasse seu pai, com o intento de iniciar uma guerra que sempre quis. Deheon tentou fazer as investigações corretas, claro, e as fez. E, obviamente, chegou a essa mesma conclusão. Mas Deheon preferiu, claramente, tentar apaziguar Yuden. Preferiu e ainda prefere, mesmo considerando-se que Yuden sempre preferirá a guerra, o sangue e a morte.

Mas, continuando. Os Aventureiros não conseguiram impedir o parricídio por parte de Mitkov, mas perseguiram o Camaleão e recuperaram a espada, salvando toda a raça anã de uma morte horrível nas mãos de seu próprio deus.

Após alguns meses de festejos e honrarias em Doherimm, os nossos heróis voltaram para os eventos de Lorde Enxame, já tão retratados pelos bardos: fizeram uma expedição acompanhados da misteriosa e bela Raven Blackmoon até o ninho de Enxame e resolveram o problema que, deixado por sua própria conta (Nota de Kaylan: Thormy, talvez, estivesse um pouco ocupado num banho calmante de ervas com Mitkov para prestar atenção a esses problemas) iria matar o Reinado de fome.

Isso são duas vezes, leitor, em que eles salvaram o mundo, mas, aparentemente, para Yuden, isso não basta. Para Deheon, isso deveria bastar.

Após derrotarem Lorde Enxame, foram ao rei de Petrynia. Lá, encontraram Leônidas Stonger. Se esse nome lhe é familiar, leitor, é porque esse idiota é o mais novo editor da Gazeta do Reinado, que deveria ser mais conhecida por Mentiras sobre os Aventureiros de Arton.

Leônidas tentou impedir os aventureiros de Arton de terem sua justa recompensa e fazê-los serem presos para servirem de bode expiatório para Yuden, mas Set tinha outros planos. Deu um verdadeiro baile de argumentação no yudeano, que, perdendo a cabeça, investiu contra Set com uma espada. Após encorajamento de Rui e de outros, o rei de Petrynia sentiu no sangue seu ancestral Cyrandur Wallas e expulsou o idiota yudeano de seu palácio. Mas, logo depois, chegou Luigi Sortudo, pedindo a ajuda do grupo para reaver Rhana, que fugira para não se casar com Mitkov, pelo que eu não a culpo nem um pouco (Rhana não comprou a xana de uma cigana - Nota de Kaylan).

O grupo odiara essa tarefa, mas Yuden mantinha os outros aventureiros reféns e só os libertaria se a paz fosse celebrada (Ou: após a destruição de Yuden – Nota de Kaylan). Set e os outros decidiram que falariam com ela e, de qualquer forma, a libertariam de Triumphus, da Bênção-Maldição. Fizeram, como se sabe agora, muito mais do que isso. Sim, leitor, eles libertaram Rhana. Libertaram, também, toda a Triumphus e a salvaram de um horrível ataque yudeano à traição. Mas isso ficará para amanhã. Pois hoje, leitor, quero que tire esse tempo para se lembrar disso.
Os Aventureiros de Arton salvaram sua vida e a vida de cada pessoa que você ama. Duas vezes. Ou mais.
Eles merecem um agradecimento muito melhor do que têm recebido de Deheon e de Yuden. E de várias outras figuras tão distintas – e tão iguais! – quanto Talude e Vectorius.


Tou Querendo Ver Como Vão Explicar Isso em Kannilar!
Por Kaylan Tartwig

Daí, gente boa! Aqui quem fala é Kaylan Tartwig, o único palhaço tão respeitável quanto seu público! Hahaha! E a gente começa bem! Teve FESTA! Churrascão da gente diferenciada no meio da batalha! A vingança veio de Móock! E a gente achava que ele só tava lá para torrar a gente! Hahaha! Ace, montado no passarinho bonitinho, mais Set, Drik e Salini, montados em outros três passarinhozinhos bonitinhozinhos (eram menores, ora!), venceram a batalha contra um monte de soldados bem treinados da gloriosa nação de Yuden! UM DÉCIMO!!! Foi um décimo das forças deles nessa brincadeira! Eles literalmente dizimaram os yudeanos! Cento e setenta e seis mil! Agora quero ver como vão explicar, porque deixar claro que os soldados caíram para quatro pessoas, o Mimimitkov NÃO VAI! Aposto uma noitada na Casa dos Prazeres nisso! Aí vão algumas sugestões para ele dizer aos yudeanos! A palavra do Mimimitkov é LEI, né? LEItão! Já viram a barriguinha dele? Hahaha!

- Foram ocupar Lenórienn a pedido da Aliança Negra, que tinha ido ao banheiro.

- Sentiram inveja da Aliança Negra de Ragnar e foram formar a Aliança Vermelha.

- Foram criar dezesseis mil times de futebol, esse novo esporte que o Set lançou.

- Estão presos em um campeonato interminável de porrinha com halflings.

- Foram passar uns dias em Pyra e só vão voltar daqui a alguns anos.

- Foram engolidos pelo Buraco de Joshariff, em Nova Ghondriamm.

- Estão presos em uma disputa que não acaba para ver quem é mais macho.

- Talude os encolheu e os botou no bolso.

- Dois terços se assumiram e se juntaram e o outro terço foi procurar mulheres. (Homenagem a Irina!).

- Ouviram sobre os Aventureiros de Arton, decidiram se juntar e criar quarenta e quatro mil grupos de aventureiros (Homenagem a Jorus!).

Pode usar qualquer uma delas, Mimimitkov, eu deixo! Mas tem que pagar direitos autorais, porque eu vejo minha piada como um pai vê um filho! Opa, pera, mau exemplo no seu caso, minhas piadas não vão contratar nenhum assassino para dar cabo de mim! Hahaha! Bom, talvez elas te aborreçam e VOCÊ faça isso, mas eu estou em Triumphus, então, paga uns dez ou doze, viu? Hahaha! 

Parece que certos regentes tomaram Achbuld no café da manhã!

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